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Dilma Rousseff o José Serra

Re: Dilma Rousseff o José Serra

Buiu;803989 said:
Agora sobre a noruega.. impossivel de se comparar (pelo menos no momento) 1º no ranking de desenvolvimento humano e 4º no ranking de investimentos

Comparar pra dizer qual é melhor, impossível.

Agora, sendo óbvio que a Noruega é o país mais desenvolvido do mundo, a comparação pode ser feita no sentido de destacar e trabalhar naquilo que tá dando errado do Brasil.

A globalização tem esse aspecto bom na população mundial, nós não precisamos mais nos fuder sem ter um norteamento. A gente se fode agora porque a administração do Brasil é tão boa quanto a cultura massiforme do país.

A culpa é de quem?

R: Dialética do Esclarecimento de Adorno e Horkheimer, excurso I.; discurso sobre os sofistas no governo, de Sócrates.

Junta os dois e a gente tem a putaria generalizada que existe em boa parte do mundo, incluindo alguns países desenvolvidos.
 

D-Nox

Knight
Re: Dilma Rousseff o José Serra

Não é só o sistema de educação brasileiro. Muitos outros paises do mundo tem seu sistema de educação até pior do que o nosso. Um belo exemplo é o americano. Nas escolas dos EUA os alunos não aprendem praticamente nada sobre outros países. Sabem tudo sobre a história americana, mas ai você pergunta pra eles qual é a capital do Brasil e eles respondem Buenos Aires.... filosofia então, nem sabem o que é. Não é a toa que os republicanos conservadores e retrógrados estão de volta no congresso.

Sobre a bolsa família, eu tava discutindo com meu pai ontem sobre ela e ele, apesar de pensar mais como vocês e não gostar muito da idéia, colocou um fator positivo que eu achei bem interessante:
"Há um aspecto porém, bastante positivo. O brasileiro é muito solidário. Se, mantendo um programa de transferência de renda continuado ( coisa que qualquer país desenvolvido tem e nós já estamos começando), focarmos na Educação acima de tudo, conscientizando a sociedade para este esforço, podemos em 20 anos, renovar e inverter o processo de miserabilização. Aí sim a desigualdade de renda cai prá valer. O Estado tem que fazer o seu papel e já começou quando foi criada a meritocracia no Serviço Público ( perdão mas foi obra do sociólogo FH). Não é obra para um governo, como diz a Dilma. Acabar com a miséria não é nada difícil porém, basta estender o programa aos 8,9% de ainda miseráveis. Custa muito menos do que se meter a explorar o pré sal. E não é uma questão de dinheiro, é uma questão de vontade do governo e apoio da sociedade, por um lado. e de tempo por outro, pois o processo de Educação é lento, por mais eficiente que seja. Mas aí, as futuras gerações aprenderão a poupar e lidar com dinheiro. Podemos não ser asiáticos mas acho que dá prá termos uma taxa de poupança de 25% ( hoje está em torno de 17%) e aí sim chegarmos a pretender ser a 5ª economia do mundo. Talvez até com menos pois temos recursos naturais únicos, somos uma terra abençoada pelo sol e pelo vento, pela extensão territorial que não conhece os flagelos do inverno rigoroso, com água e calor abundantes . É bonito de se ver uma Bahia como eu ví quando fui prá Lençóis, toda plantada de soja e algodão até onde a vista alcança, com cidades crescendo à volta, povoada de lojas de toda espécie, com o povo fixado na terra, trabalhando no setor de serviços, pois existe riqueza e essa escoa de um jeito ou de outro, pois o mercado de consumo é enorme e diversificado. Aí sim, se criam novos empregos novos e antigos.
E mesmo em regiões longínquas que precisam ser preservadas, dá prá ensinar a gente a explorar a selva, produzindo plantas e ervas medicinais e cosméticas, extraindo produtos que só lá se encontram na terra, com respeito à sustentabilidade e meio ambiemnte, técnicas de artesanato com materiais locais e turismo ecológico explorando suas características."

No final, mesmo as opiniões mais opostas acabam chegando ao mesmo resultado.
Falta educação.
Inclusive hoje vi que a ONU fez um novo relatório sobre o IDH, e o Brasil continua subindo, agora em 73º do ranking. A estabilidade da moeda foi o fator que mais influenciou a melhora mas a educação continua sendo o fator que mais atrasa o nosso desenvolvimento.
 

D-Nox

Knight
Re: Dilma Rousseff o José Serra

Achei dados interessantes sobre o MST.

"Os estabelecimentos de mais de mil hectares, que correspondem a apenas 0,91% dos proprietários (menos de 50 mil), concentram
mais de 43% da área agricultáveis. Os latifundiários acima de 2 mil hectares são apenas 15 mil fazendeiros, que detêm 98 milhões de hectares. Já os estabelecimentos rurais de menos de 10 hectares ocupam menos de 2,7% da área. As pequenas propriedades
(com até 100 hectares) ocupam menos da metade da área total (40,7%), embora representem mais da metade (66%) do total de estabelecimentos rurais.

As pequenas propriedades dão emprego para 74% de toda a mão de obra no campo brasileiro. As médias e grandes, o agronegócio, mesmo com muito mais terra, só empregam 26% das pessoas que trabalham no campo. Na agricultura camponesa, em cada 100 hectares, trabalham 15 pessoas, enquanto no agronegócio, em cada 100 hectares, dão emprego para apenas 2 pessoas (média real de 1,7 pessoas/ha).

A diferença é grande porque o modelo de produção do agronegócio está baseado na mecanização intensiva e nos agrotóxicos. Por isso, o Brasil se transformou na safra de 2008/2009 no maior consumidor mundial de agrotóxicos. São aplicados 700 milhões de litros de veneno por ano.

Daquilo que vai para a mesa dos brasileiros, 70% é produzido pelos pequenos agricultores. Só 30% do que vai à mesa dos brasileiros vem das grandes propriedades, que priorizam as exportações. Não produzem comida, querem produzir apenas “commodities”."

"no Plano Safra 2009/2010, foram destinados R$ 93 bilhões para o agronegócio e apenas R$ 15 bilhões para a agricultura camponesa".

"Em toda a nossa história, foram conquistadas 2.250 escolas públicas nos Educação e cidadania 24 MST - Lutas e Conquistas
acampamentos e assentamentos em todo país (das quais 1.800 mil até a 4ª série, 400 até o Ensino Fundamental completo e
apenas 50 para o Ensino Médio).
Há 300 mil trabalhadores e trabalhadoras rurais estudando, entre crianças e adolescentes sem-terra, dos quais 120 mil em escolas públicas. Mais de 350 mil integrantes do MST já se formaram em cursos de alfabetização, ensino fundamental, médio, superior e cursos técnicos. Mais de 4 mil professores foram formados no movimento e em torno de 10 mil professores atuam nas escolas em
acampamentos e assentamentos. Mais de 100 mil sem-terras foram alfabetizados, entre crianças, jovens e adultos. Por ano,
há aproximadamente 28 mil educandos e 2 mil professores envolvidos em processos de alfabetização.
Por meio de parcerias com universidade públicas, trabalhadores e trabalhadoras rurais do MST estudam em 50 instituições de ensino.
Há aproximadamente 100 turmas de cursos formais e mais de 5 mil educandos nessas instituições."
 

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